A Vitrola Quântica foi um grupo independente que teve o início da sua trajetória em 2004, na cidade de São Paulo, e foi liderado por Júlia Abs. A pesquisa com a linguagem da dança centrou-se em investigações de uma atitude corporal voltada a situações de risco: corpo em velocidade, inversões do eixo vertical para o da horizontal em deslocamentos, saltos, quedas, rolamentos e em contato de um corpo com o outro. O grupo criou o seu próprio modo de trabalhar, do ponto de vista técnico, com esse corpo do risco.
A poética do grupo transitou na temática do urbano e da cultura pop, mais especificamente, no universo do rock indie, das baladas, da vida noturna, das drogas, e, também, de uma atitude contra-cultural, rebelde, muito inspirada pela cultura da arte underground global, cujos desdobramentos foram expressos nas coreografias e vídeo danças criados pelo grupo.
Em 2008, o grupo foi contemplado pelo Prêmio Funarte Klauss Vianna com o projeto Desosso o osso e (flutuo). Nos anos seguintes a Vitrola Quântica foi contemplada pelo 5° e 7° Edital Fomento à Dança para criar o trabalho She´s Lost Control, e para realizar o projeto de manutenção, circulação e pesquisa. Júlia Abs recebeu a bolsa de pesquisa Rumos Dança 2010 com o trabalho Darkland. Nesse trabalho a artista verticalizou sua pesquisa entre a dança e as artes visuais. O site-specific Plano Inclinado foi criado em 2011 através do Edital Novos Coreógrafos: Novos Criadores: site-specific para as rampas de acesso a biblioteca do Centro Cultural São Paulo.
O grupo Vitrola Quântica foi pioneiro na linguagem de vídeo-dança, na cidade de São Paulo, tendo produzido mais de dez vídeos. Destacou-se o vídeo “Bossa Chinesa” o qual foi selecionado para várias mostras nacionais e internacionais como o Dança em Foco (2011).
Em 2011, o grupo criou e produziu o Projeto Noturno em parceria com o Centro Cultural b_arco. Esse projeto surgiu do desejo de criar um novo espaço de troca e fruição de diferentes artistas e pesquisas coreográficas. Na trajetória do grupo foram realizadas diversas temporadas na cidade de São Paulo, no interior do estado de São Paulo, na cidade do Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e outras. O grupo se dissolveu no final de 2013 quando Júlia Abs foi realizar estágio no exterior, em Berlim, na Alemanha.
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Vitrola Quântica was an independent group established in 2004 in São Paulo, led by Júlia Abs. Its research in dance focused on exploring bodily attitudes related to situations involving risk: bodies in motion, shifts from vertical to horizontal axis during movements, jumps, falls, rolls, and interactions through body contact. The group developed its unique technical approach to working with this risk-oriented body.
The poetic themes explored by Vitrola Quântica revolved around urban life and pop culture, particularly the indie rock scene, nightlife, drugs, and countercultural, rebellious attitudes deeply inspired by global underground art culture. These thematic explorations were reflected in the choreographies and dance videos created by the group.
In 2008, Vitrola Quântica received the Funarte Klauss Vianna Award for the project Desosso o osso e (flutuo). In subsequent years, the group was awarded funding through the 5th and 7th editions of the Fomento à Dança to create the work She’s Lost Control, and for projects related to maintenance, touring, and research. Júlia Abs was awarded the Rumos Dança research grant in 2010 for her work Darkland, in which she deepened her exploration of the intersections between dance and visual arts. In 2011, the site-specific performance Plano Inclinado was created for the ramps of the Centro Cultural São Paulo's library, supported by the Novos Coreógrafos: Novos Criadores initiative.
Vitrola Quântica was a pioneer of the video-dance medium in São Paulo, producing over ten dance videos. Among these, the video "Bossa Chinesa" stood out, being selected for several national and international showcases, including Dança em Foco in 2011.
In 2011, the group created and produced Projeto Noturno in partnership with Centro Cultural b_arco, driven by the ambition to foster a new space for the exchange and appreciation of various artists and choreographic research. Throughout its existence, Vitrola Quântica performed extensively in São Paulo city, the state countryside, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, and other locations. The group dissolved at the end of 2013 when Júlia Abs moved abroad to pursue an internship in Berlin, Germany.

SHE'S LOST CONTROL
Obra Coreográfica
5º Edital da Lei de Fomento à Dança da cidade de São Paulo
SHE’S LOST CONTROL é o nome de uma música da banda de rock inglesa Joy Division, que fala sobre uma mulher fora de controle. O autor da letra, Ian Curtis, vocalista da banda, escreveu essa canção após observar uma mulher passando por um ataque epilético. Ele também sofria desta doença, e suicidou-se aos 23 anos, em Manchester, na década de 1980.
O ponto central dessa coreografia é a perda do controle. Tratamos de abordar este ponto sob a seguinte perspectiva: o controle enquanto equilíbrio, e o descontrole enquanto desequilíbrio.
Para nos auxiliar, pesquisamos obras na psicanálise, na filosofia e na literatura, de modo a encontrar palavras que nos auxiliassem na criação coreográfica. Assim, trabalhamos sobre o ensaio inédito “A Musica do Tempo Infinito”, do psicanalista Tales Ab’Saber – que fala sobre a famosa balada berlinense, “Berghain”, e nela observa a perda de controle na noite, a relação entre drogas e música); o romance “O Idiota”, de Fiódor Dostoievski (que tem descrições impressionantes da epilepsia, que é a doença que inspirou a canção), entre outras tantas referências. Por exemplo, pegamos um trecho do ensaio de Ab’Saber:  “Há em Berlim uma casa que nunca fecha. Aquela noite que não termina jamais de fato pode começar a qualquer momento. Lá todos os tempos se estendem, e noite e dia se transformam em outra coisa”. Tentamos traduzir criativamente isso para uma atmosfera que permeia todo o espetáculo: uma casa noturna que nunca fecha, uma festa que jamais termina, uma experiência diferenciada do tempo, uma visão alucinógena do dia e da noite misturados, um ponto da busca da felicidade que pode converter-se em seu oposto, assim por diante.
Mas não foi somente nos textos que a Cia. Vitrola Quântica foi à procura de inspiração para a dança. A perspectiva interdisciplinar é um dos eixos estruturadores do trabalho, e por isso buscamos criar parcerias entre a companhia e renomados artistas e pensadores brasileiros. José Miguel Wisnik (músico e ensaísta), o coletivo Bijari (grupo de artistas especializados em intervenções urbanas), Eduardo Climachauska (artista plástico), Olgaria Matos (filósofa), Instituto (coletivo de produtores musicais) são alguns dos nomes que tiveram participação importante em nosso processo criativo. Uma interdisciplinaridade que está no processo, e também na própria concepção, uma vez que o espetáculo é dirigido por uma bailarina (Julia Abs) e um cineasta (Daniel Augusto).
Tudo isso para ensaiar uma abordagem desse universo amplo que é a fronteira entre o controle e o descontrole. Neste espetáculo, trabalhamos com três mulheres fora de controle, num palco, na vida. Ora elas são um trio de glamourosas rockers, ora são figuras solitárias, quase sombras. Nesse fluxo cinético, os corpos se organizam e desorganizam, num jogo tenso entre o controle e o descontrole, o equilíbrio e o desequilíbrio, o céu e o inferno.
Em SHE’S LOST CONTROL, nossa resposta é a nossa pergunta. Quem não tem medo de se perder, que se jogue.
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Júlia Abs, Melissa Balmonte e Aline Bonamin. Temporada de Estréia She's Lost Control, Galeria Olido, 2009. Foto: Vitor Vieira.
Júlia Abs. Temporada de Estréia She's Lost Control, Galeria Olido, 2009. Foto: Vitor Vieira.
Júlia Abs e Melissa Balmonte. Temporada de Estréia She's Lost Control, Galeria Olido, 2009. Foto: Vitor Vieira.
Júlia Abs, Aline Bonamin e Melissa Balmonte. Temporada de Estréia She's Lost Control, Galeria Olido, 2009. Foto: Vitor Vieira.
Júlia Abs e Aline Bonamin. Temporada de Estréia She's Lost Control, Galeria Olido, 2009. Foto: Vitor Vieira.
Júlia Abs, Melissa Balmonte e Aline Bonamin. Temporada de Estréia She's Lost Control, Galeria Olido, 2009. Foto: Vitor Vieira.
Choreographic Work 
5th Edition of the São Paulo City 
Dance Promotion Law
SHE'S LOST CONTROL is named after a song by the English rock band Joy Division, which addresses the theme of a woman losing control. Ian Curtis, the band's lead singer and lyricist, wrote this song after witnessing a woman suffering an epileptic seizure. He himself suffered from epilepsy and tragically committed suicide at the age of 23, in Manchester, during the 1980s.
The central theme of this choreography is the loss of control, explored through the lens of control as balance, and lack of control as imbalance.
To guide our creative process, we conducted research across psychoanalysis, philosophy, and literature to find insights that would inform the choreography. Our sources included the unpublished essay "The Music of Infinite Time" by psychoanalyst Tales Ab’Saber—focusing on the renowned Berlin nightclub Berghain, exploring nighttime loss of control and the relationship between drugs and music—and Fyodor Dostoevsky’s novel "The Idiot," renowned for its vivid descriptions of epilepsy, the disease that inspired the song. For instance, we used a passage from Ab’Saber’s essay: “In Berlin, there is a house that never closes. That night, which never truly ends, can start at any moment. There, all times stretch indefinitely, and night and day become something else entirely.” We creatively translated this into an atmosphere that permeates the entire performance: a nightclub that never closes, an endless party, a different experience of time, a hallucinogenic vision of day and night merging, a pursuit of happiness that can suddenly shift to its opposite, and so forth.
However, inspiration for the dance extended beyond textual sources. An interdisciplinary perspective serves as a structural axis for this work, prompting collaborations with renowned Brazilian artists and thinkers. José Miguel Wisnik (musician and essayist), the Bijari collective (specialists in urban interventions), Eduardo Climachauska (visual artist), Olgaria Matos (philosopher), and Instituto (a collective of music producers) are some of the key contributors to our creative process. This interdisciplinarity permeates both the process and the concept itself, with the performance co-directed by a dancer (Julia Abs) and a filmmaker (Daniel Augusto).
All these efforts aimed to approach the broad universe at the boundary between control and chaos. In this show, we worked with three women on stage, representing figures both glamorous and solitary—sometimes appearing as glamorous rockers, at other moments as nearly shadow-like solitary beings. In this kinetic flow, bodies organize and disorganize in a tense interplay between control and loss of control, balance and imbalance, heaven and hell.
In SHE'S LOST CONTROL, our answer is our question. Those who are unafraid of getting lost should simply leap.
PLANO INCLINADO
Prêmio Novos Coreógrafos, Novas Criações: Site-Specific (NC-NC: SS)
Thaís Di Marco, Isabella Gonçalves, Júlia Abs e Aline Bonamin. Temporada de estréia Centro Cultural São Paulo (CCSP), 2011. Foto: Felipe Torres.
Júlia Abs. Temporada de estréia Centro Cultural São Paulo (CCSP), 2011. Foto: Felipe Torres.
Isabella Gonçalves, Júlia Abs, Lucila Yashiki Cápua e Aline Bonamin. Temporada de estréia Centro Cultural São Paulo (CCSP), 2011. Foto: Felipe Torres.
Júlia Abs, Aline Bonamin, Isabella Gonçalves, Thaís Di Marco e Lucila Yashiki Cápua. Ensaio fotográfico pré-estréia no Centro Cultural São Paulo (CCSP), 2011. Foto: Matheus Parizi.
Inclined plane is a site-specific project that proposes a new relationship with the ground, questioning the supposedly neutral ground of dance, proposing new approaches between contemporary dance and the soil. In which ground do we dance? This work is a research about the body in relation to inclined planes. The performance was awarded with the New Choreographers Program Award, New Creations: Site Specific, the Centro Cultural São Paulo (CCSP), the municipal council.
 
Director: Júlia Abs
Collaborative choreographic research: Vitrola Quântica performers
Performance: Júlia Abs, Aline Bonamin, Thaís Di Marco, Isabella Gonçalves, Lucila Yashiki Kápua.
Music: Felipe Ribeiro
Costumes: Júlia Abs and Vitrola Quântica
Award: New Choreographers Program, New Creations: Site Specific, the Centro Cultural São Paulo (CCSP), the municipal council.
Lucila Yashiki Cápua, Isabella Gonçalves, Aline Bonamin, Thaís Di Marco e Júlia Abs. Ensaio fotográfico pré-estréia no Centro Cultural São Paulo (CCSP), 2011. Foto: Matheus Parizi.
DARKLAND
O projeto foi selecionado pela bolsa de pesquisa Rumos Itaú Cultural Dança (2009/2010)
Obra Coreográfica Programa Rumos Dança (2010) do Instituto Itaú Cultural DARKLAND continou as práticas de pesquisa em linguagem cênica coreográfica de Júlia Abs. A pesquisa teve como eixo catalisador a articulação entre duas linguagens distintas, mas que foram colocadas lado a lado para dialogar: a dança e a moda. DARKLAND teve como inspiração alguns trabalhos de Ray Caesar, artista multimídia que utiliza a computação gráfica e a manipulação da imagem para criar uma realidade fantástica. A partir da apropriação de elementos da indústria cultural, o artista recria elementos de culturas underground, e os coloca à disposição do público, sobretudo pela internet. Com esse trabalho, propõe estranhamentos naquilo que vemos como habitual: o familiar se torna estranho, e o estranho vira familiar (Das Unheimlich). DARKLAND é uma obra sobre a relação do corpo, do movimento, com o pensamento da moda contemporânea e seus procedimentos de criação. A estilista Karlla Girotto colaborou na criação com conceitos para as roupas, e as suas relações com o corpo, inspiradas nos personagens de Ray Ceaser. A partir de uma universo poético definido pela indumentária e pelos conceitos, as bailarinas desenvolveram a pesquisa coreográfica. 
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Júlia Abs e Aline Bonamin. Mostra Rumos Dança no Itaú Cultural, 2010. Foto: Edouard Fraipont.
Choreographic Work
Rumos Dança Program (2010) 
Itaú Cultural Institute

DARKLAND continued Júlia Abs’s research into choreographic stage language. The project centered on the articulation between two distinct forms of expression—dance and fashion—brought together to create a dialogue.
The piece was inspired by the work of Ray Caesar, a multimedia artist who uses digital image manipulation and computer graphics to construct fantastical realities. Drawing from elements of mass culture, Caesar reimagines and reconfigures aspects of underground culture, making them widely accessible, particularly through the internet. His work generates a sense of estrangement from the ordinary: the familiar becomes strange, and the strange becomes familiar—Das Unheimlich.
DARKLAND explores the relationship between the body, movement, and contemporary fashion thinking, including its creative processes. Fashion designer Karlla Girotto contributed conceptual ideas for the costumes, considering their connections to the body and drawing inspiration from Ray Caesar’s characters. From this poetic universe shaped by clothing and conceptual imagery, the dancers developed the choreographic material.
Júlia Abs. Mostra Rumos Dança no Itaú Cultural, 2010. Foto: Edouard Fraipont.
DARKLAND
Investigação entre corpo, objeto, dança e moda.
O corpo no espetáculo DARKLAND transita entre a materialidade do objeto - como cadeiras, roupas e sapatos - e as imagens corporais criadas a partir dessa relação. A obra coreográfica é o resultado de um processo autoral no qual priorizamos criar uma corporalidade gerada pelas relações dos corpos com os objetos. Um corpo que é objeto e o objeto que é corpo.
O corpo da Moda, no espetáculo, aparece sobretudo nas indumentárias que nos servem como fio condutor de toda a dramaturgia corporal. A relação com a Moda se dá diretamente no uso expressivo que fazemos das roupas, retirando-as de seu lugar habitual: uma plataforma em DARKLAND transforma-se numa nova superfície para o corpo que dança, não se reduzindo a ser somente um adereço. E desse modo operamos com todos os outros elementos da indumentária, como o corset – objeto usado em tempos passados para afinar as cinturas femininas e hoje um objeto cultuado no mundo fetichista – que retirado de seu uso habitual, transforma a forma do corpo conferindo-lhe novos sentidos.
Do ponto de vista da pesquisa do movimento dançado e da composição coreográfica, a matriz conceitual é o corpo-objeto, como síntese da relação do corpo contemporâneo e do consumo proposta nesta pesquisa. Um corpo que se dá na relação com o objeto, e no estudo do movimento a partir de conceitos como deformação, risco, beleza e fetiche.
O risco, neste caso, está nas situações de adaptação que o corpo das bailarinas sofrem ao usar plataformas e corsets, que modificam a organização e o equilíbrio de seus corpos. Os elementos estruturais como o espaço e o tempo são alterados pelo uso destes adereços, vivenciados com estas alterações e deformações, e nas possíveis relações de convivência entre os corpos nesse contexto.
No espetáculo, os sujeitos (as bailarinas) passam por objetos, e os objetos (os adereços de vestuário, os elementos cenográficos) adquirem feições de sujeitos, o que confere um efeito de estranheza. Quase uma brincadeira macabra, semelhante a alguns editorais de moda recente, em que as modelos aparecem como se não tivessem vida (quem se interessar, pode buscar por “drop dead gorgeous” na internet). Tudo articulado para inaugurar uma realidade fictícia, onírica, surreal e pop.
Durante o processo de criação estudamos alguns materiais teóricos que nos auxiliaram na relação teoria-prática para a construção da expressividade do corpo, na composição coreográfica, e nas escolhas a serem feitas para a encenação. Freud entra como uma referência com seu ensaio sobre o “Estranho”, Walter Benjamin com seus escritos sobre a moda, o feminino e a mercadoria da compilação “Passagens”.
Em DARKLAND trabalhamos sempre uma face obscura, uma ambigüidade, um conflito, uma dor latente na doçura, uma estranheza por trás da beleza, um grotesco escondido na delicadeza.
Júlia Abs e Aline Bonamin. Mostra Rumos Dança no Itaú Cultural, 2010. Foto: Edouard Fraipont.
Júlia Abs. Mostra Rumos Dança no Itaú Cultural, 2010. Foto: Edouard Fraipont.
Júlia Abs e Aline Bonamin. Mostra Rumos Dança no Itaú Cultural, 2010. Foto: Edouard Fraipont.
DARKLAND [2010]
Darkland is a research about the relation between dance and fashion with pieces created by designer Karlla Girotto, specifically for this performance. How does clothing interfere with the movement of the body? What are the possibilities and restrictions of dance that are generated from clothes? The project was based on a rare Sigmund Freud (Austria, 1856 – 1939) work about aesthetics, “Das Unheimlich” (1919), focusing on what makes our bodies look strange and what makes it look familiar. The performace was awarded with a scholarship of the Instituto Itaú Cultural Programa Rumos Dança 2009/2010.
Director: Júlia Abs
Collaborative choreographic research: Vitrola Quântica performers
Performance: Júlia Abs and Aline Bonamin 
Music: Vitrola Quântica and Instituto
Costumes: Karlla Girotto
Videos-projections (animation): Pablo Romart
Collaboration: Daniel Augusto
Award: Scholarship of the Instituto Itaú Cultural Programa Rumos Dança 2009/2010
Júlia Abs. Ensaio Fotográfico, 2010. Foto: Daniel Augusto.
Júlia Abs. Ensaio Fotográfico, 2010. Foto: Daniel Augusto.
Júlia Abs e Aline Bonamin. Ensaio Fotográfico, 2010. Foto: Daniel Augusto.
Ficha técnica
Direção: Júlia Abs e Daniel Augusto
Intérpretes-criadoras: Aline Bonamin, Júlia Abs e Melissa Balmonte
Criação de luz: André Boll
Criação e edição da trilha sonora: Instituto e Cia. Vitrola Quântica
Figurino: Cia. Vitrola Quântica
Produtora: Rafaela Reis
Realização: Cia. Vitrola Quântica, V e VII Edital de Fomento à Dança da Cidade de São Paulo
Apoio: Universidade Anhembi Morumbi
DESOSSO O OSSO E (FLUTUO)

Espetáculo contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2007-2008 pela Cia. Vitrola Quântica.
Aline Bonamin e Júlia Abs. Pesquisa de campo, escadaria na Rua Girassol, Vila Madalena, São Paulo, 2008. Foto: Daniel Augusto.
O osso pesa, mas há algo em sua essência que pode ser seu passaporte para a leveza. Desossar é inverter seu sentido habitual, trazê-lo do chão para o ar. Desosso o osso e (flutuo) é sobre esse tipo de inversão – ou subversão – entre o peso e a leveza.
É um espetáculo que experimenta refletir sobre a sonoridade do rock`n roll e suas particulares interferências no corpo. O rock é por excelência um som dissonante, cruento, intenso, marginal. Pode ser a mais alta poesia, crítica visceral, ou mesmo trilha sonora dentro de um tanque de guerra. Do campo de batalha à vida sonhada dos anjos, o rock é trilha sonora ambígua. Pesa, contém, explode e flutua: leva o corpo à experiência do risco, do limite, de tudo aquilo que vive na margem do mundo.
Júlia Abs e Aline Bonamin. Registro do vídeo de divulgação, Bresser (região industrial), São Paulo, Brasil, 2008. Foto: Daniel Augusto. 
Body, graffiti and space are elements of performative action that reflects the displacement of the urban setting printed on an almost photographic look at images of invented cities within the city meeting. 

Bones and bone (float) is also a work that tries to reflect on the sound of rock 'n roll and interference in their private body.
Award Funarte Klauss Vianna, from the federal government of Brazil | Prêmio Funarte Klauss Vianna de Dança (2007/2008)
Júlia Abs. Registro do vídeo dança Água, Ginásio do Ibirapuera, São Paulo, Brasil. Foto: Daniel Augusto, 2008.
Júlia Abs e Aline Bonamin. Desosso o Osso e (Flutuo), Sesc Avenida Paulista, temporada de estréia, 2008. Foto: Gil Grossi.
Júlia Abs. Desosso o Osso e (Flutuo), Sesc Avenida Paulista, temporada de estréia, 2008. Foto: Gil Grossi.
Júlia Abs. Desosso o Osso e (Flutuo), Sesc Avenida Paulista, temporada de estréia, 2008. Foto: Gil Grossi.
Ficha técnica:
Concepção: Aline Bonamin e Júlia Abs
Criação e interpretação: Aline Bonamin e Júlia Abs
Direção: Mariana Sucupira e Daniel Augusto
Orientação da pesquisa corporal: Lu Favoreto
Criação e concepção de imagens: Daniel Augusto / Bijari
Finalização de imagem: Bijari
Produção: Cia. Vitrola Quântica
Criação de figurino: Karlla Girotto (http://www.karllagirotto.com.br)
Maquiador: Theo Carias (https://www.instagram.com/theocarias1/)
Criação de luz: André Boll
Trilha sonora: Cia. Vitrola Quântica
Edição sonora: Instituto
Projeto Gráfico: Bijari (https://bijari.com.br)
Foto divulgação: Gil Grossi

DEZ

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