Eu trabalhei como atriz em alguns projetos do grupo de teatro Manufactura Suspeita. O Atelier de Manufactura Suspeita atua no limite da representação e da não representação, da confissão pública, da máscara exacerbada, de estabelecer um diálogo fértil com formas convencionais da representação, e redescobrir a função social das mesmas. Irmão da companhia escocesa Suspect Culture (Escócia), utiliza várias técnicas de treinamento criadas pelos diretores Graham Eatough e Maurício Paroni de Castro.
O grupo trabalha com formas teatrais tradicionais e de vanguarda que Paroni de Castro pratica na Itália e no Reino Unido, desenvolvidas principalmente em sua convivência com diretores e autores como Tadeusz Kantor, Heiner Müller, Joe Chaikin, Luca Ronconi, Renata Molinari e Renato Gabrielli; reverbera ecos dos muitos espetáculos de Giorgio Strehler e Peter Brook que o diretor viu serem ensaiados. 
Organiza leituras comparativas de textos contemporâneos e clássicos em espaços como o Museu Lasar Segall.

*English version bellow 
I worked as an actress in several projects with the theatre group Manufactura Suspeita. The Atelier de Manufactura Suspeita operates at the boundary between representation and non-representation, public confession and exaggerated masking, seeking to establish a fertile dialogue with conventional forms of representation while rediscovering their social function. A sister company to Suspect Culture (Scotland), it incorporates various training techniques developed by directors Graham Eatough and Maurício Paroni de Castro.
I performed as an actress in the play The Norwegian Fate, featuring texts by Nietzsche, Heiner Müller, and other authors, presented at Parque da Água Branca and Casa das Caldeiras (2002–2003).
I also took part in comparative readings of contemporary and classical texts in venues such as the Lasar Segall Museum (2004).
A PARCA NORUEGUESA 
(2002-2003)
CASA DAS CALDEIRAS (2003)
Valendo-se da arquitetura do espaço que integrava as Antigas Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo-, a peça traz à tona a convivência de personagens que se encontram numa espécie de inferno, localizado numa das chaminés da antiga fábrica.
Nele, um grupo de burocratas jovens percebe que morreu, vitimado por uma explosão ocasionada por um vizinho, suicida. Ao constatar a situação, os mortos passam a fazer uma série de confissões públicas à platéia – sem interação direta.
Anteriormente, o público era guiado por um ator norueguês, cuja presença inspirou o título. Parca é a divindade que fia e corta o fio da vida, a Morte.

Coordenação de dramaturgia e direção: Maurício Paroni de Castro. 
Com: Diego Ruiz, Fernanda Moura, Júlia Abs, Paulo Moreno, Roberta Youssef e Alvise Camozzi (Atelier de Pesquisa Teatral Manufactura Suspeita).

*English version bellow
WORKSHOP 
Com a companhia escocesa Suspect Culture 
Graham Eatough, Nick Powell e Mauricio Paroni de Castro
Nascidos no norte da Inglaterra, o diretor teatral Graham Eatough, 30, e o compositor Nick Powell, 31, têm a feição de cantor pop, mas não são. O segundo, de fato, foi tecladista da banda de rock britânica Strangelove, extinta em 1998, após cinco anos de estrada.
Ambos fazem parte da companhia escocesa Suspect Culture, de Glasgow, fundada há 11 anos. Pela primeira vez, o Brasil toma contato com o processo de trabalho de Eatough e Powell. De hoje até o próximo domingo, eles realizam workshop na cidade, na Carmina Escola para Formação de Atores, que fica no Itaim Bibi.
Junta-se aos dois o encenador brasileiro Mauricio Paroni de Castro, 40, diretor-associado da Suspect desde 1998.

DEZ

Back to Top