O objeto de estudo do “Laboratório de Coreografia na FAU-USP” é a dança e a coreografia entendidas como arte contemporânea. Propõe-se trabalhar com diferentes abordagens de processos colaborativos e metodologias de participação, inserindo o “Laboratório" na orientação e prática artística voltada para o social e o político.
Elaboramos o conceito do corpo-arquivo como o corpo da história da dança – a sua relação com a tradição da dança a partir de operações com a ativação e a reencenação de obras coreográficas da história da dança pós-moderna americana (1960-70). 
Experimentamos com a metodologia de pesquisa do corpo-arquivo, no campo das artes performativas, o processo curatorial com o projeto de dança no MAC-USP; e como objeto de investigações laboratoriais sobre:  arquivos físicos e digitais de dança; a relação entre dança e escrita através de ativações de partituras, scores e notações coreográficas dos trabalhos TRIO A (Yvonne Rainer, 1966), Locus (Trisha Brown, 1975), e Drumming (1998) e Rain (2001) de Anne Teresa De Keersmaeker.
Almeja-se reavaliar a horizontalidade do espaço, uma concepção clássica das duas linguagens, ao experimentar o desenho nas paredes verticais do Caracol (teatro em formato de ágora do Grêmio da FAU). Trata-se de uma relação particularmente problemática das artes visuais do século vinte: a horizontalidade. O Prof. Arthur Lara desenhou, ao vivo, os movimentos de dança, alinhando-se com pesquisas em notação coreográfica, e o registro ao vivo do movimento de dança.
Beth Bastos e o Núcleo Pausa foram convidados pela curadora Júlia Abs, para realizarem a sua "Performance-Observatório", parte do projeto "O que vemos, quando olhamos dança?", em 2019, na FAU-USP.  
*English bellow
Isis Marks. Performance-Observatório, projeto Laboratório de Coreografia na FAU-USP, 2019. Foto: André Cañada.
Choreography Laboratory FAU-USP
The object of study of the "Choreography Laboratory at FAU-USP" is dance and choreography understood as contemporary art. The laboratory proposes to engage with various approaches to collaborative processes and participatory methodologies, positioning itself within an artistic practice oriented toward social and political dimensions.
We developed the concept of the body-archive as the body of dance history—its relationship to the tradition of dance through practices of activation and re-enactment of choreographic works from the history of American postmodern dance (1960–70).
We experimented with the body-archive as a research methodology in the field of performance art through the curatorial process of the dance project at MAC-USP. It also served as an object of laboratory investigation into: physical and digital archives of dance; the relationship between dance and writing through the activation of scores and choreographic notations from the works Trio A (Yvonne Rainer, 1966), Locus (Trisha Brown, 1975), Drumming (1998), and Rain (2001) by Anne Teresa De Keersmaeker.
One of the aims was to reconsider the horizontality of space—a classical conception within both dance and visual art—by experimenting with drawing on the vertical walls of the “Caracol,” the agora-shaped theater of FAU’s student union. This exploration addressed a particularly problematic relationship within twentieth-century visual art: horizontality. Professor Arthur Lara live-drew the dance movements, aligning with research in choreographic notation and live documentation of movement.
Beth Bastos and the Núcleo Pausa collective were invited by curator Júlia Abs to present their “Performance-Observatory” as part of the project What Do We See When We Look at Dance?, held in 2019 at FAU-USP.

Júlia Abs e Maíra Rocha. Performance-Observatório, projeto Laboratório de Coreografia na FAU-USP, 2019. Foto: Sandro Miani
Núcleo Pausa
O que vemos quando olhamos dança?
O projeto “O que vemos quando olhamos dança?”, contemplado pela 25ª Edição do Fomento à Dança da Cidade de São Paulo, foi concebido pela artista da dança Beth Bastos e o seu núcleo de pesquisa, que investigam a questão do olhar, da imaginação, da relação da dança com a arquitetura, e a fotografia. Dois sistemas epistemológicos e investigativos norteiam o trabalho da pesquisa, Klauss Vianna (Brasil) e Lisa Nelson (Nova York). 
O Núcleo Pausa realizou uma “performance-observatório” na FAU-USP, em 2019. A experiência performayiva convida o público a participar da performance através das perguntas: como eu observo a dança? De qual ponto no espaço? O público pode participar, fotografar, desenhar, ou simplesmente não agir. A improvisação é estruturada a partir de uma partitura (score) da artista Lisa Nelson: “andar de olhos abertos, e pausar de olhos fechados”. 
Na linha de pesquisa em torno da epistemologia do corpo e da performance, Lisa Nelson é uma artista e pesquisadora pioneira nos Estados Unidos da América, mais especificamente em Nova York. Beth Bastos propõe uma oficina onde os conceitos sobre o corpo, o movimento, o espaço, o tempo, e a improvisação serão abordados a partir da obra de Nelson. O laboratório é em si uma performance.
*English bellow
Beth Bastos e desenho de Arthur Lara. Performance-Observatório, projeto Laboratório de Coreografia na FAU-USP, 2019. Foto: Sandro Miani
Pause Group
What Do We See When We Look at Dance?
The project “What Do We See When We Look at Dance?”, supported by the 25th Edition of the Dance Promotion Program of the City of São Paulo, was conceived by dance artist Beth Bastos and her research group, who explore questions related to perception, imagination, and the relationship between dance, architecture, and photography. Two epistemological and investigative systems guide the research: Klauss Vianna (Brazil) and Lisa Nelson (New York).
Núcleo Pausa presented a “performance-observatory” at FAU-USP in 2019. The performative experience invites the audience to engage with the performance through the following questions: How do I observe dance? From which point in space? The audience is free to participate, take photographs, draw, or simply remain still. The improvisation is structured around a score by artist Lisa Nelson: “walk with eyes open, and pause with eyes closed.”
Within the research line focused on the epistemology of the body and performance, Lisa Nelson is a pioneering artist and researcher in the United States, specifically in New York. Beth Bastos proposes a workshop in which concepts of the body, movement, space, time, and improvisation are approached through Nelson’s work. The laboratory is, in itself, a performance.
Núcleo Pausa. Performance-Observatório, projeto Laboratório de Coreografia na FAU-USP, 2019. Foto: Sandro Miani.
Júlia Abs e Núcleo Pausa. Performance-Observatório, projeto Laboratório de Coreografia na FAU-USP, 2019. Foto: Sandro Miani.

DEZ

Back to Top