Com o projeto-piloto “DANÇA NO MAC” eu proponho ativar projetos de pesquisas nas linguagens da coreografia, da dança e da performance no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP). Eu sou a idealizadora e a curadora da primeira versão DANÇA NO MAC 1#.
A dança e a coreografia atuais são entendidas como linguagens autônomas, que vivem hoje, no contexto de grandes museus (nos EUA, França, Espanha, Inglaterra, Brasil, entre outros) a aquisição de seu status como arte contemporânea. Assim, eu almejo aproximar esse fenômeno do MAC-USP.
Nos últimos dez anos, é notável a presença de apresentações de dança e exposições de coreografia em museus importantes ao redor do globo: Centre Georges Pompidou (Paris), MoMA PS1 (Nova York), ICA Boston (Boston), Tate Modern (Londres), Hayward Gallery (Londres), Whitney Museum (Nova York) e Museu de Arte do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), são alguns exemplos. A discussão atual sobre a dança no museu tem sido feita por teóricos das áreas da dança, coreografia, performance, time-based arts e história da arte, como André Lepecki (Brasil), Boris Charmatz (França), Xavier Le Roy (França), Bojana Cvejic (Sérvia), Marcella Lista (França) e Claire Bishop (Inglaterra), entre outros.
A dança no museu redefine a noção de visualidade no campo das artes visuais, de modo que os visitantes do MAC-USP poderão ter novas experiências através da concepção de um museu aberto às propostas não pictóricas e esculturais, mas que trazem elementos do tempo, do espaço e do movimento. O museu, por sua vez, torna possível para a dança imaginar um espaço público que potencialmente permite novos formatos de exibição, de conservação de obras, de produção e compartilhamento do conhecimento sobre o corpo da dança e das pesquisas com a coreografia.
A conversa entre a dança, a coreografia e o museu, torna-se o lugar onde a expansão dessas linguagens pode ser conquistada, através de deslocamentos de práticas e de significados. Esses projetos expressam um reinvestimento no espaço do museu como espaço experimental.
*English bellow
With the pilot project DANÇA NO MAC, I propose to activate research projects in the fields of choreography, dance, and performance at the Museum of Contemporary Art of the University of São Paulo (MAC-USP). I am the creator and curator of the first edition, DANÇA NO MAC 1#.
Contemporary dance and choreography are understood today as autonomous artistic languages that, within the context of major museums (in the US, France, Spain, England, Brazil, among others), are currently gaining recognition as contemporary art forms. My aim is to bring this phenomenon closer to MAC-USP.
Over the past ten years, there has been a significant presence of dance performances and choreography exhibitions in important museums around the world. Examples include: Centre Georges Pompidou (Paris), MoMA PS1 (New York), ICA Boston (Boston), Tate Modern (London), Hayward Gallery (London), Whitney Museum (New York), and Museu de Arte do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), among others. The current discussion about dance in the museum is being developed by theorists from the fields of dance, choreography, performance, time-based arts, and art history, such as André Lepecki (Brazil), Boris Charmatz (France), Xavier Le Roy (France), Bojana Cvejic (Serbia), Marcella Lista (France), and Claire Bishop (UK), among others.
Dance in the museum redefines the notion of visuality in the field of visual arts, offering MAC-USP visitors new experiences through a museum open to non-pictorial and non-sculptural proposals—those that bring elements of time, space, and movement. In turn, the museum enables dance to imagine a public space that potentially allows for new formats of exhibition, preservation of artworks, and the production and sharing of knowledge about the dancing body and choreographic research.
The dialogue between dance, choreography, and the museum becomes a space where the expansion of these languages can be achieved through shifts in practices and meanings. These projects represent a reinvestment in the museum as an experimental space.
Fotografias Sandro Miano, Kiko Ferrite e André Cañada

DEZ

Back to Top