Este projeto de ensino da História da Dança aborda a discussão recente sobre a dança no museu. Ao longo do curso almeja-se expor as ideias, discussões, e definições sobre as relações entre o museu e as produções com a dança e a coreografia. Trabalha-se com a hipótese de que a dança no museu redefine a noção de visualidade no campo das artes visuais; e o museu como locos potente para apresentações da dança e da coreografia ampliadas. Os alunos poderão ter novas experiências sobre o corpo, o tempo, o espaço, a arquitetura, através da concepção de um museu de ideias, de movimento e de experiências. O museu, por sua vez, torna possível para a dança imaginar um novo espaço público, que potencialmente permite novos formatos de exibição, de conservação de obras, de produção e compartilhamento do conhecimento sobre o corpo que dança.
Propõe-se ensinar a História da Dança como uma programação de um “Museu”, conceito que se alinha à algumas práticas de pesquisa em Coreografia e Dança atuais (como o “Musée de La Danse dirigido pelo coreógrafo Boris Charmatz - França), que tem expandido este campo da arte. O curso é o resultado do cruzamento entre museu, lugar de preservação, a Dança, a arte do movimento e a História da Dança. É um espaço para o exercício do pensamento, para a prática do movimento e para proposições que ampliem as fronteiras da Dança.
Para além de um curso tradicional de História da Dança cujo direcionamento se daria para dançarinos e coreógrafos, propõe-se um curso que, pela suas metodologias e conteúdos, abrange diversos públicos, podendo assim criar conteúdos simbólicos mais enriquecidos. Todo mundo então, aqueles que praticam, aqueles que acreditam, os artistas, os que não acreditam, os marginais ao mundo da arte, que erroneamente acreditam estar excluídos dele, os outros, todos os outros, que ainda não sabem o que é a Dança e a Coreografia hoje, podem descobrir neste curso, um lugar para ativar a imaginação. Aponta-se com este conceito uma dimensão antropológica para além dos limites dos que criam e produzem danças e coreografias, de modo que este próprio campo da arte se expanda.
This dance history teaching project addresses the recent discussion on dance in the museum. Throughout the course, the aim is to present ideas, discussions, and definitions about the relationships between the museum and productions involving dance and choreography. The hypothesis explored is that dance in the museum redefines the notion of visuality within the field of visual arts, and the museum serves as a potent locus for expanded presentations of dance and choreography. Students will have new experiences related to the body, time, space, and architecture through the conception of a museum of ideas, movement, and experiences. The museum, in turn, makes it possible for dance to imagine a new public space, potentially allowing for new formats of exhibition, preservation of works, and the production and sharing of knowledge about the dancing body.
The course proposes to teach dance history as a program of a 'Museum,' a concept that aligns with some current research practices in Choreography and Dance (such as the Musée de la Danse directed by choreographer Boris Charmatz – France), which have expanded this field of art. The course is the result of the intersection between the museum, a place of preservation, dance, the art of movement, and the history of dance. It is a space for the exercise of thought, for the practice of movement, and for proposals that broaden the boundaries of dance.
Beyond a traditional dance history course aimed at dancers and choreographers, this course proposes, through its methodologies and content, to encompass diverse audiences, thereby creating richer symbolic content. Everyone—those who practice, those who believe, the artists, those who don't believe, an all the others who do not yet know what dance and choreography are today—can find in this course a place to activate their imagination. This concept points to an anthropological dimension beyond the limits of those who create and produce dances and choreographies, so that this very field of art can expand.
TRIO A
Essa é a primeira vez que eu ativei Trio A a partir do filme de 1978 produzido por Sally Banes e dançado por Yvonne Rainer. O processo envolveu o estudo do filme e a imitação das poses e movimentos da peça.
This is the first time I activated Trio A based on the 1978 film produced by Sally Banes and performed by Yvonne Rainer. The process involved studying the film and imitating the poses and movements of the piece.
CONSCIÊNCIA CORPORAL NO CHEFVIVI
Iniciamos esse lindo projeto, com a equipe do ChefVivi, em Janeiro. A nossa motivação foi: ao invés de ficarmos nos lamentando diante do retrocesso que o Brasil passa neste momento, principalmente diante da negação dos direitos humanos que foram conquistados através de inúmeros movimentos sociais, tomamos a decisão de trabalhar com os seres humanos que estão na nossa frente, com quem convivemos no nosso dia a dia.
Na aula de ontem, trabalhamos a partir de exercícios do Ivaldo Bertazzo, em torno da organização do gesto cotidiano de levantar e sentar numa cadeira.
“Antes de tudo, devemos provocar uma mudança de qualidade em nossa relação com o movimento. Sem dúvida, será sempre um relacionamento consciente que poderá mudar nossa disposição corporal. Para que se estabeleça uma relação de prazer com o movimento é preciso que o gesto acorde rapidamente em nosso interior, ao menos algumas sensações prazerosas.” (Ivaldo Bertazzo, Cidadão Corpo, p. 12-13)
Do dia 17 ao dia 22 de Julho, tive o imenso prazer em participar do workshop de inverno no Urubu Studio da Beth Bastos. Dei uma aula sobre a filosofia do corpo de Lisa Nelson e me apaixonei! O grupo foi lindo!
From 17th July to 22rd, I had taken a wonderful workshop leaded by Beth Bastos at Urubu Studio, on Picinguaba's fish village. I gave a lecture about Lisa Nelson's body, dance and improvisation philosophy. I am in love with her work. The students group was super nice. Das war schön!