Este projeto de ensino da História da Dança aborda a discussão recente sobre a dança no museu. Ao longo do curso almeja-se expor as ideias, discussões, e definições sobre as relações entre o museu e as produções com a dança e a coreografia. Trabalha-se com a hipótese de que a dança no museu redefine a noção de visualidade no campo das artes visuais; e o museu como locos potente para apresentações da dança e da coreografia ampliadas. Os alunos poderão ter novas experiências sobre o corpo, o tempo, o espaço, a arquitetura, através da concepção de um museu de ideias, de movimento e de experiências. O museu, por sua vez, torna possível para a dança imaginar um novo espaço público, que potencialmente permite novos formatos de exibição, de conservação de obras, de produção e compartilhamento do conhecimento sobre o corpo que dança.   

Propõe-se ensinar a História da Dança como uma programação de um “Museu”, conceito que se alinha à algumas práticas de pesquisa em Coreografia e Dança atuais (como o “Musée de La Danse dirigido pelo coreógrafo Boris Charmatz - França), que tem expandido este campo da arte. O curso é o resultado do cruzamento entre museu, lugar de preservação, a Dança, a arte do movimento e a História da Dança. É um espaço para o exercício do pensamento, para a prática do movimento e para proposições que ampliem as fronteiras da Dança. 

    
Para além de um curso tradicional de História da Dança cujo direcionamento se daria para dançarinos e coreógrafos, propõe-se um curso que, pela suas metodologias e conteúdos, abrange diversos públicos, podendo assim criar conteúdos simbólicos mais enriquecidos. Todo mundo então, aqueles que praticam, aqueles que acreditam, os artistas, os que não acreditam, os marginais ao mundo da arte, que erroneamente acreditam estar excluídos dele, os outros, todos os outros, que ainda não sabem o que é a Dança e a Coreografia hoje, podem descobrir neste curso, um lugar para ativar a imaginação. Aponta-se com este conceito uma dimensão antropológica para além dos limites dos que criam e produzem danças e coreografias, de modo que este próprio campo da arte se expanda.

CONSCIÊNCIA CORPORAL NO CHEFVIVI 
Iniciamos esse lindo projeto, com a equipe do ChefVivi, em Janeiro. A nossa motivação foi: ao invés de ficarmos nos lamentando diante do retrocesso que o Brasil passa neste momento, principalmente diante da negação dos direitos humanos que foram conquistados através de inúmeros movimentos sociais, tomamos a decisão de trabalhar com os seres humanos que estão na nossa frente, com quem convivemos no nosso dia a dia. 
Na aula de ontem, trabalhamos a partir de exercícios do Ivaldo Bertazzo, em torno da organização do gesto cotidiano de levantar e sentar numa cadeira. 
“Antes de tudo, devemos provocar uma mudança de qualidade em nossa relação com o movimento. Sem dúvida, será sempre um relacionamento consciente que poderá mudar nossa disposição corporal. Para que se estabeleça uma relação de prazer com o movimento é preciso que o gesto acorde rapidamente em nosso interior, ao menos algumas sensações prazerosas.” (Ivaldo Bertazzo, Cidadão Corpo, p. 12-13) 
Do dia 17 ao dia 22 de Julho, tive o imenso prazer em participar do workshop de inverno no Urubu Studio da Beth Bastos. Dei uma aula sobre a filosofia do corpo de Lisa Nelson e me apaixonei! O grupo foi lindo! 
From 17th July to 22rd, I had taken a wonderful workshop leaded by Beth Bastos at Urubu Studio, on Picinguaba's fish village. I gave a lecture about Lisa Nelson's body, dance and improvisation philosophy. I am in love with her work. The students group was super nice. Das war schön! 

DEZ

Back to Top